A trajetória de Jair Bolsonaro (PL) durante a campanha presidencial de 2018 é a inspiração para um novo filme de ficção norte-americano. A produção já começou e é dirigida por Cyrus Nowrasteh. A estreia está prevista para 2026 e o foco da história é o atentado a faca que o então candidato a presidente do Brasil sofreu em Juiz de Fora (MG).
O nome temporário do filme é Dark Horse, expressão em inglês que define o concorrente que não é o favorito, mas que acaba se destacando. A obra é baseada em um roteiro do deputado federal Mario Frias (PL-SP), chamado Capitão do Povo. A narrativa apresenta Bolsonaro como um candidato improvável que supera uma grande ameaça durante a corrida eleitoral.
Com tom heroico, o longa-metragem aponta que o ataque contra Jair Bolsonaro faria parte de uma conspiração envolvendo setores da esquerda e o crime organizado. Para reforçar essa perspectiva, cenas em flashback mostram um jovem Bolsonaro atuando como militar nos anos 1980, em missões contra o tráfico de drogas.
O enredo fictício aponta para a existência de mandantes da tentativa de homicídio. O antagonista será um traficante poderoso que, na história, teria sido preso por Bolsonaro durante sua carreira no Exército. Há ainda a inclusão de novas tentativas de assassinato enquanto o político se recupera da facada no hospital.
O responsável pelo atentado contra Jair Bolsonaro aparece com o nome Aurélio Barba, referência direta ao autor real da facada, Adélio Bispo. As primeiras gravações do filme foram realizadas em um hospital na capital paulista.
Jair Bolsonaro e os filhos na tela grande
Perfis de direita no X publicaram em agosto que o ator americano Jim Caviezel, que interpretou Jesus em A paixão de Cristo (2005), estaria cotado para viver Jair Bolsonaro. Entretanto, não há confirmação até o momento.
Dark Horse também trará a representação da família Bolsonaro. O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) será interpretado pelo ator brasileiro Sérgio Barreto. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) será vivido pelo ator americano Eddie Finlay, enquanto o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) terá o ator Marcus Ornellas no papel.
Além dos filhos, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e a filha caçula do casal, Laura Bolsonaro, também aparecerão na trama.
Diretor conhecido por produções conservadoras
Cyrus Nowrasteh, cineasta de 69 anos nascido no Colorado (EUA), tem no currículo filmes com forte viés religioso e conservador, como O Apedrejamento de Soraya M. (2008) e O Jovem Messias (2016). Ele também dirigiu Sequestro Internacional (2019), estrelado por Jim Caviezel.
Nowrasteh tem ligação antiga com o Brasil. Ele foi roteirista de Jenipapo (1995) e dirigiu Depois do Atentado (2001), sobre a tentativa de assassinato de Ronald Reagan. Sem dar detalhes sobre o projeto publicamente, o diretor confirmou estar filmando na América Latina. Em maio, o cineasta publicou registros de visitas a locais na divisa entre Minas Gerais e Rio de Janeiro para preparação das gravações.
A produção de Dark Horse será de Eduardo Verástegui, que fez O Som da Liberdade (2023), filme conservador de sucesso.
Fonte: gazetadopovo.com.br




