Augusto Melo é afastado da presidência do Corinthians
Augusto Melo foi afastado da presidência do Corinthians nesta segunda-feira.

O Conselho Deliberativo do clube se reuniu no Parque São Jorge e aprovou por ampla maioria o impeachment do mandatário por conta do escândalo envolvendo a casa de apostas VaideBet, antiga patrocinadora máster do Timão. Ao todo, 176 conselheiros votaram a favor da destituição, contra 57, além de um voto em branco. Sendo assim, Osmar Stabile, primeiro vice-presidente do Corinthians, assume o posto de forma temporária.
Ao todo, 236 conselheiros compareceram à reunião. Foram 234 votos e uma abstenção. Outro conselheiro assinou a lista, mas não votou.
O encontro teve como objetivo retomar a votação iniciada no último dia 20 de janeiro. Naquela oportunidade, em uma reunião longa de mais de quatro horas, marcada por tumulto, 126 conselheiros contra 114 votaram a favor da admissibilidade do processo de destituição.
Augusto Melo e seus aliados tentaram, até os últimos instantes, suspender a votação desta segunda através de medidas judiciais, mas não obtiveram sucesso. O rito no Conselho Deliberativo foi tranquilo e teve início com uma manifestação da Comissão de Ética e Disciplina do clube, seguido por um pronunciamento da defesa de Augusto. Depois votaram os conselheiros vitalícios do Timão e, posteriormente, os trienais, que decidiram pelo afastamento do presidente. Além dele, caem também todos os diretores estatutários - o executivo de futebol Fabinho Soldado, por ser um profissional remunerado, segue normalmente no cargo.
Antes mesmo da votação, Augusto Melo já reconheceu a derrota política em um pronunciamento à imprensa. Por entender que possuía a minoria no Conselho, ele se despediu com um "até breve", reforçou que não pedirá renúncia e garantiu que brigará até o fim pelo posto.
Augusto, agora, permanece afastado de suas funções até a divulgação do resultado final da Assembleia Geral, que é a última instância do processo de impeachment, com a participação dos associados do clube. Se os sócios endossarem que ele deve deixar o cargo, o mandatário será definitivamente destituído.
A data da Assembleia ainda será definida por Romeu Tuma Júnior, presidente do CD. Ele tem um prazo de cinco dias para convocar a reunião.