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Polícia identifica e indicia suspeito de ataque ao CT do Palmeiras

Motorista ligado à torcida organizada confessou participação na ação que lançou bombas e rojões contra a Academia de Futebol; investigações continuam para localizar outros envolvidos.

Polícia identifica e indicia suspeito de ataque ao CT do Palmeiras

A Polícia Civil de São Paulo identificou e indiciou um dos responsáveis pelo ataque ao Centro de Treinamento do Palmeiras, ocorrido na madrugada do último domingo (10), na Barra Funda, zona oeste da capital.

O suspeito, Gabriel de Oliveira Vieira, de 32 anos, foi apontado como motorista do veículo utilizado na ação. Ele é ex-integrante da torcida organizada Mancha Verde e atualmente trabalha como motorista de aplicativo. Segundo a Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), Gabriel confessou ter conduzido o carro que transportou os demais envolvidos até a frente da Academia de Futebol, de onde foram disparados artefatos explosivos contra o portão principal.

O veículo usado no ataque foi apreendido e passará por perícia. Gabriel foi indiciado, mas responderá ao processo em liberdade.

O ataque

De acordo com as imagens das câmeras de segurança, ao menos seis homens participaram da ação, cinco deles encapuzados ou usando capacetes. O grupo se aproximou do local por volta das 2h da manhã e lançou bombas e rojões contra a entrada do CT, onde estavam jogadores e funcionários concentrados para a partida contra o Ceará, pelo Campeonato Brasileiro. Não houve feridos.

Reação do clube

O Palmeiras classificou o episódio como “atentado terrorista” e destacou que a ação apresenta semelhanças com outro caso registrado em outubro de 2024, quando um ataque envolvendo membros da Mancha Verde resultou na morte de um torcedor do Cruzeiro. O clube registrou boletim de ocorrência e entregou todas as gravações à Polícia Civil.

Investigações em andamento

O inquérito foi instaurado na terça-feira (12) e, segundo a Drade, novas diligências serão realizadas para identificar e responsabilizar os demais participantes. As autoridades acreditam que todos os envolvidos têm ligação com torcidas organizadas.

A Polícia Civil reforçou que atos de violência no esporte serão tratados com rigor e que a lei será aplicada para coibir novas ocorrências.