Polícia investiga veículo de som que anunciava a venda de atestado médico em BH

A Polícia Civil de Minas Gerais está investigando um caso inusitado que ocorreu nas ruas de Belo Horizonte. Um veículo de som, conhecido como "carro do atestado", foi flagrado circulando por bairros da capital anunciando, por meio de alto-falante, a venda ilegal de atestados médicos e receitas. A prática, além de ilegal, representa um risco à saúde pública e uma grave violação ética.

O anúncio explícito chamou a atenção de moradores e das autoridades, que agora buscam identificar os responsáveis pela comercialização dos documentos. A investigação busca também entender a origem dos atestados e se há profissionais de saúde envolvidos na fraude.

Casos semelhantes já foram registrados em outras cidades mineiras. Em Montes Claros, uma mulher de 24 anos foi presa em flagrante por vender atestados falsificados. Ela utilizava carimbos falsos e papéis timbrados de unidades de saúde para dar autenticidade aos documentos. Os preços variavam entre R$ 60 e R$ 140, e os pagamentos eram feitos por Pix ou em dinheiro.

Já em Uberlândia, pai e filho foram detidos por envolvimento em um esquema semelhante. Durante a operação, a polícia apreendeu dezenas de atestados médicos falsos, celulares, computadores e até munições de arma de fogo. Ambos são investigados por crimes como falsidade ideológica, estelionato e falsificação de documentos públicos.

As autoridades alertam para os riscos jurídicos e éticos do uso de documentos médicos falsificados e reforçam que a prática configura crime. A Polícia Civil segue com as investigações em Belo Horizonte e pede que denúncias sejam feitas de forma anônima pelo número 181.