Cinco empresas provedoras de internet no Ceará anunciaram o encerramento de suas atividades após sofrerem ataques promovidos por uma facção criminosa. A informação foi confirmada pela Associação dos Provedores do Ceará.
Os ataques, que ocorrem desde fevereiro, atingiram pelo menos quatro cidades, incluindo a capital, Fortaleza. De acordo com relatos, os criminosos exigem pagamentos ilegais — uma espécie de “taxa” — para permitir que as empresas operem. As provedoras que se recusam a pagar sofrem retaliações violentas.
Entre as empresas afetadas está a GPX Telecom, com sede em Caucaia. Em nota, a empresa lamentou a decisão de encerrar suas atividades, afirmando que “em menos de 20 minutos, atos de vandalismo devastaram tudo o que construímos com tanto esforço e comprometimento”.
A escalada da violência tem gerado insegurança no setor e deixado milhares de clientes sem acesso à internet, principalmente em regiões periféricas, onde pequenas e médias provedoras são as principais responsáveis pelo serviço.
A Associação dos Provedores pediu reforço na segurança pública e ações emergenciais para proteger os empresários e restabelecer a oferta de internet à população afetada.