O que era para ser uma grande festa do futebol baiano terminou com cenas lamentáveis na final do Campeonato Baiano de 2025. No clássico entre Bahia e Vitória, disputado neste domingo (23), no Barradão, a tensão dentro e fora de campo transformou o duelo decisivo em um verdadeiro campo de batalha.
O confronto começou pegado desde o apito inicial, mas o clima esquentou de vez após a expulsão do meia Cauly, do Vitória, que atingiu o zagueiro Lucas Halter com o braço. A decisão do árbitro Wilton Pereira Sampaio gerou revolta entre os rubro-negros e deu início a uma confusão generalizada envolvendo jogadores, reservas e membros das comissões técnicas de ambos os times.
A pancadaria resultou nas expulsões de Caio Alexandre, Danilo Fernandes e Zé Marcos, todos do banco do Bahia, em meio a empurrões, socos e muita discussão.
Como se não bastasse, nos acréscimos da segunda etapa, Kayky marcou o gol de empate para o Bahia e decidiu provocar: comemorou em frente à torcida adversária imitando uma galinha, gesto que inflamou ainda mais os ânimos. O técnico do Vitória, Thiago Carpini, tentou intervir, mas a situação saiu de controle.
Diante do caos, o árbitro encerrou a partida antes do apito final. O empate em 1 a 1, somado à vitória tricolor por 2 a 0 no jogo de ida, garantiu o 51º título estadual ao Bahia — mas a conquista ficou em segundo plano após o clima hostil que tomou conta da final.
A Federação Bahiana de Futebol ainda não se pronunciou oficialmente sobre possíveis punições, mas as imagens da confusão já circulam amplamente nas redes sociais, com torcedores e especialistas cobrando medidas rígidas para evitar novos episódios como esse.